domingo, 11 de fevereiro de 2007

O caso da Garrafa de Cachaça

Fato lembrado por um amigo de mocidade e MSN

Corria o ano da graça de 1984 e eu do alto dos meus 17 anos, queria saber é de jogar Voleibol e de curtir com os amigos. Paulinho era um dos amigos da turma do bairro Ouro preto e um cara muito paradão, mas certa vez descolou um fim de semana no sítio de uma de suas colegas de escola, era uma turma de garotas e uma turma de rapazes. O fim de semana prometia.

Chegamos ao sítio, que diga-se de passagem era muito bom, com piscina, campo, quadras, etc, mas como quando a esmola é muita o santo desconfia, o Pai da garota e dono do lugar foi a tiracolo. O homem detestava alcool e determinou que todos dormissem cedo.

Pra piorar, do lado do sítio, tinha um buteco e sejamos coerentes, todo mundo queria é tocar o horror com a mulherada. Determinamos que o Carlos, mais conhecido como "pé de vela" cumprisse a missão de comprar um litro de aguardente na referida birosca depois que o homem dormisse. Vaquinha feita, lá se vai nosso emissário atrás do líquido etílico.

Eu fui cumprir missão de suma importância aos nossos planos. Buscar limões no terreiro.

Acontece que o valor apurado era mais do que suficiente e o maluco comprou dois litros de cachaça e voltou ao covil, mas o infeliz resolveu entrar pela sala, pela frente, para evitar o quarto do proprietário dorminhoco e ao adentrar no local, tropeçou por conta da escuridão e deixou uma das garrafas quebrar no meio da sala do homem.

O fedor de cachaça tomou conta do lugar e antes que a desgraça fosse maior, escondi o outro litro atrás da geladeira. O Pai da moça acordou com o barulho e frente ao cheiro nauseabundo de manguaça começou a tatear no escuro e chutou o urinol (sim, é isso mesmo) tornando o ambiente uma cópia perfeita do inferno de Dante.

O barulho do penico quicando pelas tábuas do lugar impôs uma crise de riso a todos e o Cacá numa impagável tirada disparou:

- Tomara que o homem não tenha cagado

Sinceramente, não havia nada no mundo que me fizesse parar de rir da situação, além disso o homem começou a vomitar palavrões e neste interim, ninguém se atrevia a acender a luz. A galera se contorcia em meio as gargalhadas.

O Homem se entregou ao próprio infortúnio e acabou achando graça de toda aquela merda e a cahaçada foi liberada para a galera, desde que as moçoilas não participassem da farra etílica

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